Qual a Relação entre Menopausa e a Demência? Entenda!
Você sabia que existe uma relação entre menopausa e a demência? Uma pesquisa realizada evidencia esse cenário!
Um novo estudo, com publicação na revista PLOS One, revelou uma possível ligação entre os sintomas da menopausa e a saúde cerebral das mulheres. De acordo com os pesquisadores, quanto mais intensos e frequentes são os sintomas relatados nesse período, maior tende a ser o risco de declínio cognitivo e distúrbios neuropsiquiátricos com o passar dos anos.
Essa descoberta, em suma, foi baseada em uma série de testes que analisaram a função cerebral de mulheres durante e após a menopausa. Os resultados indicam que a presença de sintomas como insônia, ondas de calor, alterações de humor e dificuldade de concentração pode servir como um sinal de alerta.
Pesquisa: Relação entre Menopausa e a Demência
O estudo analisou 896 mulheres na fase pós-menopausa, utilizando a Escala de Cognição Cotidiana (ECog-II) para avaliar a função cognitiva. Essa ferramenta, acima de tudo, mede alterações em áreas importantes bem como memória, linguagem, percepção visual-espacial, planejamento, organização e funções executivas.
Além disso, os pesquisadores utilizaram a Lista de Verificação de Comprometimento Comportamental Leve (MBI-C) para investigar sintomas neuropsiquiátricos. Essa escala foca em mudanças emocionais e comportamentais, como apatia, ansiedade e irritabilidade, por exemplo.
Os resultados indicaram que, quanto mais sintomas da menopausa as mulheres apresentavam, pior era sua função cognitiva e mais comuns eram os sintomas neuropsiquiátricos com o avanço da idade. A terapia de reposição hormonal, por sua vez, foi associada a uma redução nesses sintomas comportamentais, embora não tenha demonstrado impacto direto na preservação das funções cognitivas.
Vulnerabilidade das Mulheres
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas diagnosticadas com Alzheimer e outras formas de demência pode chegar a 152 milhões até 2050. As mulheres, principalmente, têm um risco até três vezes maior de desenvolver a doença em comparação aos homens.
No entanto, os motivos por trás dessa diferença ainda não estão completamente esclarecidos. Embora a ciência avance, ainda é cedo para afirmar com precisão o impacto direto dos sintomas da menopausa no risco de demência. Mais estudos são necessários para confirmar essa relação.
Há consenso, contudo, sobre a importância de adotar hábitos saudáveis. Manter-se fisicamente ativo, cuidar do peso corporal e controlar condições como hipertensão, diabetes e colesterol elevado são medidas fundamentais para reduzir as chances de desenvolver declínio cognitivo no futuro.
Saúde da Mulher: Corpo e Mente Conectados
A relação entre saúde mental e saúde ginecológica vai muito além dos hormônios. O bem-estar emocional da mulher pode ser diretamente impactado por alterações no ciclo menstrual, distúrbios hormonais, menopausa, dores crônicas e outras condições ginecológicas. Logo, cuidar da saúde íntima é também cuidar da mente — e vice-versa.
Dessa forma, quando esses dois aspectos não são acompanhados de forma integrada, surgem impactos que comprometem a qualidade de vida, o sono, o apetite e até mesmo a autoestima. A seguir, então, veja como essa conexão pode se manifestar na prática:
1 – Oscilações Hormonais e Humor
As variações nos níveis de estrogênio e progesterona ao longo do ciclo menstrual influenciam neurotransmissores ligados ao humor, como a serotonina. Isso pode explicar sintomas como irritabilidade, ansiedade e tristeza, comuns na TPM ou na menopausa.
2 – Distúrbios Ginecológicos e Saúde Emocional
Condições como endometriose, síndrome dos ovários policísticos (SOP), miomas ou ciclos menstruais, por exemplo, muito dolorosos podem gerar frustração, exaustão e sofrimento psicológico. Eventualmente, dor crônica afeta o sono, o desempenho profissional e os relacionamentos.
3 – Infertilidade e Pressão Emocional
A dificuldade para engravidar, definitivamente, afeta profundamente a saúde mental. Muitas mulheres relatam sintomas de ansiedade, depressão e baixa autoestima durante tratamentos de fertilidade. O acompanhamento psicológico é essencial nesses casos.
4 – Menopausa e Declínio Cognitivo
Por fim, durante a menopausa, a queda nos níveis hormonais pode afetar a concentração, a memória e a estabilidade emocional. Algumas mulheres relatam sensação de “mente nublada” e maior sensibilidade emocional.
Cuidar da Mente Também é Cuidar da Saúde
Acima de tudo, sintomas como tristeza profunda, esquecimento frequente, ansiedade constante ou alterações de comportamento não devem ser ignorados. O acompanhamento com um psicólogo ou psiquiatra ajuda a entender as causas desses sinais, além de fornecer o suporte adequado para enfrentá-los com segurança e cuidado.
O psicólogo atua com escuta qualificada, acolhimento e estratégias terapêuticas para lidar com as emoções e traumas. Já o psiquiatra é o especialista que avalia a necessidade de medicação e acompanha transtornos como depressão, ansiedade, bipolaridade e outros quadros clínicos.
Por outro lado, nos casos em que há suspeita de declínio cognitivo ou sintomas neurológicos associados — bem como perda de memória, confusão ou alterações na linguagem —, o neurologista entra como peça-chave na investigação de possíveis demências.
O Papel do Ginecologista na Fase da Menopausa
A menopausa é uma fase natural da vida da mulher, mas nem por isso deixa de ser desafiadora. Assim, o acompanhamento com um ginecologista se torna ainda mais essencial. Ele está preparado para orientar, tratar sintomas e promover qualidade de vida durante esse período de transição, com:
Reposição Hormonal: Avalia a necessidade e segurança da terapia hormonal para aliviar sintomas como ondas de calor, secura vaginal e alterações de humor.
Acompanhamento de Sintomas: Monitora e trata desconfortos físicos e emocionais, ajudando a manter o bem-estar no dia a dia.
Avaliação da Saúde Óssea: Durante a menopausa, o risco de osteoporose aumenta. O ginecologista pode eventualmente solicitar exames e indicar medidas preventivas.
Saúde Íntima e Sexualidade: Ajuda a lidar com alterações vaginais, libido e possíveis desconfortos durante as relações sexuais.
Monitoramento de Exames Ginecológicos: Mantém o controle de exames preventivos, como papanicolau e mamografia, mesmo após a menopausa.
Menopausa: Quais Exames São Importantes?
A menopausa marca uma nova etapa da vida da mulher, e com ela surgem mudanças físicas e hormonais que merecem atenção especial. Nesse sentido, alguns exames são indispensáveis, bem como:
Densitometria Óssea: Avalia a densidade mineral dos ossos e identifica riscos de osteopenia ou osteoporose, comuns após a queda dos níveis de estrogênio.
Perfil Hormonal: Mede os principais hormônios (como FSH, LH, estradiol e progesterona) para confirmar a menopausa e entender o impacto das alterações hormonais.
Colesterol e Triglicérides: A queda hormonal pode influenciar o metabolismo, aumentando o risco de doenças cardiovasculares. Esse exame ajuda na prevenção.
Papanicolau (Preventivo): Mesmo após a menopausa, o exame continua sendo essencial para prevenir o câncer de colo do útero.
Ultrassonografia Transvaginal: Permite avaliar útero e ovários, identificando alterações que podem surgir mesmo após o fim do ciclo menstrual.
Mamografia: Indispensável a partir dos 40 anos ou conforme indicação médica, é um dos principais exames para detecção precoce de condições malignas e benignas.
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Em conclusão, compreender a relação entre menopausa e a demência é essencial para promover um cuidado mais completo com a saúde da mulher. Assim, o acompanhamento com especialistas faz toda a diferença na identificação precoce de alterações e no direcionamento para condutas que favoreçam o equilíbrio do corpo e da mente.
Na SPX Clínica Santana de Parnaíba, fornecemos consultas com médicos especialistas que cuidam da saúde da mulher em todas as fases da vida, inclusive durante e após a menopausa. Disponibilizamos igualmente uma ampla variedade de exames ginecológicos, exames de imagem e análises clínicas.
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