Varíola dos Macacos: o que se sabe?
A chamada varíola dos macacos é um vírus conhecido pela ciência por infectar mais animais do que humanos, porém, casos em humanos da doença tem preocupado autoridades da saúde em todo o mundo. A varíola é recorrente nas florestas da África Central e Ocidental, entretanto, casos na Europa, Estados Unidos, Canadá e Austrália estão sendo relatados sem nenhum tipo de ligação com a região africana.
A varíola dos macacos foi vista novamente na Nigéria em 2017 depois de 40 anos sem casos relatados. O vírus Monkeypox (MPXV) pertence ao gênero orthopoxvirus da família Poxviridae e existem dois clados de vírus Monkeypox: o clado da África Ocidental e o clado da Bacia do Congo (África Central).
Quais os sintomas da doença?
Os sintomas da varíola dos macacos variam entre leves ou graves, e as lesões na pele podem causar dores ou coçar. Mas casos mais leves da varíola podem passar despercebidos, o que faz a transmissão aumentar de pessoa para pessoa.
Os sintomas em geral são:
- Febre;
- dor de cabeça;
- dores musculares;
- dor nas costas;
- gânglios (linfonodos) inchados;
- calafrios;
- exaustão.
Após 3 dias, ocorre o desenvolvimento das erupções cutâneas, os pequenos machucados que começam geralmente pelo rosto e se espalham pelo corpo.
Como é transmitida?
A transmissão entre humanos ocorre geralmente por meio do contato pessoal que podem envolver secreções respiratórias, lesões na pele de pessoas infectadas ou objetos contaminados recentemente.
Quando a transmissão é por vias das gotículas respiratórias, contato deve ser mais próximo entre o infectado e outras pessoas, por isso trabalhadores da saúde tem um maior risco de contaminação. Porém, é preciso frisar que a transmissibilidade da atual cepa é menor do que a varíola humana.
O período de encubação normalmente é entre 6 a 16 dias, variando de 5 a 21 dias. A transmissibilidade ocorre desde o início dos sintomas até as crostas desaparecerem.
Como se proteger?
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a formas mais efetivas para a proteção contra a varíola dos macacos ainda são as medidas não farmacológicas:
- Uso de Máscara;
- Distanciamento;
- Higienização das mãos.
Viajantes de países que relataram a doença devem evitar o contato com animais doentes que possam abrigar o vírus da varíola (roedores, marsupiais e primatas).
Como é o tratamento?
A vacina que combateu a varíola humana também protege contra essa nova versão, porém, os especialistas não julgam necessário ainda o uso novamente da vacinação contra a doença. A doença é autolimitada, ou seja, não exige tratamento.
Entretanto, os grupos que correm mais riscos contra a doença são o das crianças. Quando grávidas são contaminadas os riscos de complicações é maior, chegando até mesmo no falecimento do bebê.
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