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Pesquisa: Como a Endometriose pode Provocar Dores Intensas?

Um estudo buscou entender de que forma a endometriose pode provocar dores, agravadas a partir das próprias células de defesa do corpo!

 

Durante a menstruação, o corpo feminino elimina naturalmente a camada de células que reveste o interior do útero. Esse processo, em suma, faz parte do ciclo reprodutivo e ocorre ao longo da vida fértil. Quando não há fecundação, as variações hormonais desencadeiam a descamação do endométrio – a membrana que reveste o útero – que é então expelido pela vagina juntamente com uma pequena quantidade de sangue.

No entanto, por vezes, parte desse tecido endometrial, em vez de ser eliminada, migra pelas trompas e se instala na cavidade abdominal. Fora do local adequado, então, esses fragmentos provocam uma inflamação crônica, gerando dor intensa, comprometendo a qualidade de vida.

Essa condição, conhecida como endometriose, afeta entre 10% e 15% das mulheres e tem sido cada vez mais estudada. Um recente trabalho publicado na revista Science Translational Medicine contribuiu para ampliar a compreensão sobre sua evolução e impactos no organismo.

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Endometriose pode Provocar Dores e Agravá-las: Entenda!

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Neste estudo, pesquisadores da Universidade Estadual de Londrina (UEL), sob a liderança do farmacêutico Waldiceu Verri Junior, e da Escola Médica de Harvard, liderados pelo biólogo molecular Michael Rogers, analisaram amostras de endometriose humana em uma série de experimentos.

Após anos de pesquisa, eles identificaram que a progressão da doença e a dor intensa associada resultam de uma interação complexa e autossustentável entre o sistema nervoso e o sistema imunológico. Logo, eles descobriram que células do endométrio localizadas fora do útero liberam substâncias que ativam neurônios sensoriais da dor.

Como resultado, esses neurônios produzem comunicadores químicos que estimulam os macrófagos – células de defesa responsáveis por eliminar detritos e estruturas anômalas. Isso inclui por exemplo células tumorais, parasitárias ou, no caso, os fragmentos endometriais deslocados.

Como Isso Acontece?

Normalmente, os macrófagos identificam e eliminam células que estão fora de seu local adequado, ajudando a resolver o problema. Contudo, na endometriose, os neurônios da dor liberam comunicadores químicos que alteram essa função. Em vez de combater as células do endométrio deslocadas, os macrófagos perdem a capacidade de limpeza e passam a favorecer sua proliferação.

Esse processo, então, cria um ciclo vicioso: quanto mais as células endometriais se multiplicam, mais elas estimulam os neurônios sensoriais da dor. Enfim, os neurônios acionam ainda mais macrófagos disfuncionais, perpetuando a inflamação e agravando os sintomas da endometriose.

“Existem medicações já aprovadas para uso humano que, ao menos nos testes com animais, ajudaram a reduzir o tamanho das lesões e a dor na endometriose.”

Reconhecimento dos Sintomas de Endometriose

Identificar os sintomas da endometriose, acima de tudo, é importante para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz. Por ser uma condição inflamatória crônica, seus impactos sobretudo podem ir além do sistema reprodutivo, afetando o bem-estar e a qualidade de vida. Veja abaixo os principais deles:

  • Dores intensas durante a menstruação: Cólica menstrual severa que pode eventualmente piorar com o tempo e não melhora com analgésicos comuns.

  • Dor pélvica crônica: Sensação de dor persistente na região inferior do abdômen, independentemente do período menstrual.

  • Desconforto durante ou após as relações sexuais: Dores profundas durante a penetração, conhecidas como dispareunia, são um sinal comum da doença.

  • Alterações intestinais ou urinárias: Prisão de ventre, diarreia, dor ao evacuar ou urinar, principalmente durante a menstruação.

  • Fluxo menstrual intenso ou irregular: Sangramento abundante, ciclos desregulados e presença de coágulos grandes no fluxo menstrual.

  • Dificuldade para engravidar: A endometriose pode afetar a fertilidade, dificultando a fixação do embrião e a gestação.
É Possível se Prevenir?

A endometriose é uma condição complexa e de causa multifatorial, o que torna sua prevenção um grande desafio. Como ainda não há uma forma definitiva de evitar o desenvolvimento da doença, os especialistas recomendam dicas que podem ajudar a reduzir os fatores de risco e minimizar o impacto dos sintomas:

  1. Manter uma alimentação equilibrada: Priorizar alimentos anti-inflamatórios, como frutas, legumes, peixes ricos em ômega-3 e evitar ultraprocessados, açúcar refinado e excesso de carne vermelha pode ajudar a reduzir inflamações no organismo.

  2. Praticar atividades físicas regularmente: Auxilia na regulação dos hormônios, melhora a circulação sanguínea e reduz processos inflamatórios que podem favorecer a progressão da doença.

  3. Controlar o peso corporal: O excesso de gordura corporal pode aumentar a produção de estrogênio, hormônio que influencia diretamente no crescimento do endométrio fora do útero.

  4. Consultar regularmente o ginecologista: O acompanhamento médico é vital para detectar alterações precocemente, avaliar sintomas suspeitos e buscar estratégias para controlar o avanço da doença.

  5. Uso de anticoncepcionais hormonais: Para algumas mulheres, o uso de anticoncepcionais pode ajudar a controlar o crescimento do tecido endometrial e reduzir os riscos de inflamação.

Não Sofra Sozinha: Como o Ginecologista Pode te Ajudar?

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O ginecologista, desde já, é indispensável para o diagnóstico e tratamento da endometriose, ajudando as pacientes a compreenderem melhor a doença e encontrarem soluções eficazes para o alívio dos sintomas. Assim, como ela pode se manifestar de forma silenciosa, o acompanhamento especializado ajuda a identificar o problema precocemente.

Portanto, por meio de exames clínicos, Ultrassonografia (USG), além da Ressonância Magnética (RM), o ginecologista pode avaliar a presença de focos da doença e indicar o melhor caminho terapêutico. Seja por meio de medicamentos hormonais, tratamentos analgésicos ou, quando necessário, cirurgia minimamente invasiva.

Além do diagnóstico e do controle da dor, o ginecologista auxilia igualmente no planejamento da saúde reprodutiva da paciente, já que a endometriose pode afetar a fertilidade. Ele pode então indicar medidas para preservar a função ovariana e, caso a paciente deseje engravidar, orientá-la sobre os melhores tratamentos para aumentar as chances de concepção.

Conhecendo Mais sobre os Exames Recomendados

Por analogia, para confirmar a presença da doença e avaliar sua gravidade, alguns exames podem ser solicitados pelo ginecologista. A seguir, portanto, conheça alguns deles:

1. Ultrassom Transvaginal

É frequentemente o primeiro exame solicitado para investigar os primeiros sintomas de endometriose. Este exame utiliza ondas sonoras para criar imagens detalhadas dos órgãos pélvicos, permitindo ao médico identificar cistos ovarianos, que são comuns em casos de endometriose.

2. Ressonância Magnética da Pelve

Trata-se de um exame mais preciso para avaliar a extensão da endometriose e identificar os focos da doença. A Ressonância fornece imagens detalhadas dos órgãos pélvicos, permitindo ao médico visualizar a presença de aderências, lesões profundas e a localização exata da condição.

3. Papanicolau

Embora não seja utilizado para esse diagnóstico, este pode ser realizado durante o acompanhamento ginecológico de mulheres para monitorar a saúde cervical. Por vezes, pacientes com endometriose podem apresentar alterações cervicais ou uma maior predisposição a doenças ginecológicas, o que torna o Papanicolau uma parte importante da avaliação clínica regular.

4. Vulvoscopia

Exame visual da vulva, utilizado para identificar lesões ou alterações na região externa dos órgãos genitais. Embora a doença geralmente se manifeste internamente, a Vulvoscopia pode ser indicada caso a paciente apresente sintomas ou lesões visíveis na vulva que possam estar relacionadas a complicações.

5. Colposcopia

Realizada com um aparelho chamado colposcópio, permite uma visualização detalhada do colo do útero, vagina e vulva. Em alguns casos de endometriose profunda ou na presença de alterações cervicais associadas, a Colposcopia pode ser utilizada para investigar lesões que precisam ser monitoradas ou biopsiadas

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Em conclusão, a endometriose pode provocar dores intensas e debilitantes, principalmente durante o período menstrual, tornando-se um desafio para muitas mulheres. A melhor forma de lidar com essa condição é com o acompanhamento especializado de um ginecologista, bem como a realização de exames preventivos.

Na SPX Clínica Santana de Parnaíba, disponibilizamos consultas com ginecologistas especializados, além de procedimentos e exames de imagem para uma avaliação mais aprofundada da saúde feminina. O Ultrassom Transvaginal, cabe ressaltar, está disponível tanto em nossa unidade de Santana de Parnaíba quanto na SPX Taubaté.

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