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30% dos Transtornos Psiquiátricos em Jovens vêm da Infância

Um estudo sobre a saúde mental aponta que parcela significativa dos transtornos psiquiátricos em jovens vêm da infância

 

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP, em parceria com a Universidade de Bath, no Reino Unido, descobriram uma relação direta entre experiências traumáticas na infância e o surgimento de transtornos psiquiátricos na adolescência. O estudo, em suma, reforça como vivências adversas nos primeiros anos de vida podem impactar significativamente a saúde mental na juventude.

Acima de tudo, compreender essa conexão é essencial para criar estratégias de prevenção e intervenção precoce. Portanto, identificar sinais desde a infância pode ajudar a reduzir o risco de transtornos psiquiátricos e promover um desenvolvimento emocional mais saudável.

Pesquisa: Transtornos Psiquiátricos em Jovens vêm da Infância?

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A pesquisa, publicada na revista The Lancet Global Health, analisou dados de mais de 4 mil jovens brasileiros e revelou que mais de 80% enfrentaram pelo menos um evento traumático antes dos 18 anos. Sobretudo, pesquisadores estimam que experiências traumáticas na infância contribuam para 30,6% dos diagnósticos psiquiátricos aos 18 anos.

Os eventos analisados incluem acidentes graves, desastres naturais, violência doméstica, abuso físico e sexual, além da perda de um dos pais. Os resultados, então, mostram que a exposição a múltiplos traumas aumenta significativamente o risco de desenvolver transtornos mentais, bem como ansiedade, depressão e transtornos de conduta.

“Os traumas na infância e adolescência têm um impacto significativo na saúde mental. Nossos achados ressaltam a importância de estratégias de prevenção e intervenção precoce para mitigar os efeitos desses eventos ao longo da vida adulta.”

Efeitos dos Traumas na Infância ao Longo da Vida

Os pesquisadores analisaram a base de dados da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2004. Em síntese, esse estudo de longo prazo acompanha um grande grupo de pessoas para entender como fatores de risco afetam a saúde ao longo da vida.

Eles destacam igualmente a falta de evidências sobre o impacto dos traumas infantis em países de baixa e média renda, onde as adversidades na infância são mais frequentes e o acesso a serviços de saúde mental é mais limitado. Essa pesquisa, como resultado, preenche uma lacuna crucial ao trazer dados do contexto brasileiro.

Isso reforça a urgência de investir em políticas públicas voltadas à prevenção e ao apoio psicológico para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade”, pondera Megan Bailey, estudante de doutorado e primeira autora do estudo.

Referência: Jornal da USP.


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