- 3 de junho de 2025
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Osteoporose: Como Células-Tronco podem Tratar Lesões Ósseas?
Após pesquisa com animais, observou-se que células-tronco podem tratar lesões ósseas e abrir caminho para novos tratamentos
Pesquisadores da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp), da USP, demonstraram que um tipo de célula-tronco presente em diversos tecidos do corpo humano consegue reparar lesões ósseas em animais com osteoporose.
No estudo, em suma, as interações entre células saudáveis e células osteoporóticas foram analisadas em experimentos in vitro — realizados fora do organismo — e igualmente em animais com osteoporose e defeitos ósseos. Eventualmente, a publicação dos resultados ocorreu na revista científica Life Sciences.
Estudo: Células-Tronco podem Tratar Lesões Ósseas
As células-tronco multipotentes, antes de tudo, são conhecidas pela capacidade de se diferenciar em diversos tipos de tecidos, graças às suas propriedades de autorrenovação e diferenciação. Nesse processo, elas passam de um estado menos especializado para funções específicas, bem como a formação de osteoblastos — células responsáveis por produzir tecido ósseo.
O uso de células-tronco mesenquimais no tratamento de lesões ósseas é promissor e bem documentado. No entanto, aplicá-las em casos de osteoporose ainda representa um grande desafio. O tecido ósseo saudável possui boa capacidade regenerativa para recuperar sua função após uma lesão, contudo, na osteoporose, esse reparo é prejudicado.
Isso acontece porque a osteoporose enfraquece o osso, então deixando-o menos denso e mais poroso, o que aumenta o risco de fraturas e dificulta o tratamento. Além disso, pesquisas indicam que a doença também compromete a função das células-tronco mesenquimais, reduzindo sua proliferação e sua capacidade de formar novo tecido ósseo.
Conexão entre as Células
Nos experimentos in vitro, os pesquisadores cultivaram dois tipos de células juntas no mesmo ambiente, um processo conhecido como cocultura. O objetivo, assim, foi analisar a interação entre células saudáveis e células osteoporóticas.
Segundo o professor Adalberto, entender essa relação é fundamental para o sucesso da terapia celular. Ele explica que “uma das interações relevantes para o sucesso do tratamento é a das células saudáveis, que são utilizadas como tratamento, sendo recepcionadas pelas células presentes em ambiente acometido pela doença”.
Os resultados mostraram que as células-tronco retiradas de ratos com osteoporose apresentam uma capacidade de regeneração reduzida. Porém, essa capacidade melhora parcialmente quando essas células interagem com células saudáveis. O inverso também foi observado: células saudáveis sofrem uma redução em seu potencial regenerativo quando expostas ao ambiente osteoporótico.
Desafio para Pessoas com Diabetes e Hipertensas
Nos experimentos in vivo, os pesquisadores criaram defeitos ósseos em ratos com osteoporose. Logo, depois de duas semanas, aplicaram células-tronco mesenquimais, retiradas da medula óssea de ratos jovens e saudáveis, diretamente na lesão. O especialista, ainda assim, destaca que o diferencial do estudo foi justamente esse intervalo antes da aplicação da terapia celular.
Os resultados mostraram que as células-tronco estimularam a formação de tecido ósseo. Do mesmo modo, permaneceram detectáveis na lesão por até cinco dias após a injeção, um tempo menor em comparação aos locais saudáveis, onde ficaram por até 14 dias. Estudos anteriores indicam que essa redução ocorre igualmente em ratos diabéticos e hipertensos.
Para o professor, esses achados reforçam como o tratamento de defeitos ósseos em pacientes com doenças sistêmicas é um grande desafio: “Esses resultados ressaltam que o tratamento de defeitos ósseos pela terapia celular é ainda mais desafiador em pacientes acometidos por essas doenças (diabéticos e hipertensos), mas é viável.”
Método Inovador na Prevenção de Lesões?
Adalberto Luiz Rosa destaca que os resultados são promissores, mas ainda precisam ser aperfeiçoados. “Nosso estudo focou no tratamento de defeitos ósseos e constatamos que a terapia celular induz formação óssea, mas não regenerou por completo os defeitos”, afirma.
Ele, sobretudo, também explica que essa abordagem tem potencial como método preventivo contra lesões ósseas. No entanto, ressalta que não é a solução ideal para tratar a osteoporose sistêmica.
Referência: Jornal USP.
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