Pesquisa: Apenas 7% das Pessoas Tratam da Saúde Mental

Apesar de se mostrar um problema cada vez mais comum, pouquíssimas pessoas tratam da saúde mental. Mas por quê?

Apenas 7% das pessoas com transtornos mentais ou uso de substâncias recebem tratamentos eficazes em todo o mundo. A princípio, essa é a conclusão de uma nova pesquisa na revista científica JAMA Psychiatry, conduzida por pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica e da Escola Médica de Harvard.

O estudo identificou que a maior barreira para o tratamento eficaz está na dificuldade que muitos pacientes enfrentam para reconhecer que precisam de ajuda profissional. Contudo, mesmo quando procuram o sistema de saúde, grande parte não recebe um atendimento adequado às suas necessidades.

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Por Quais Motivos Poucas Pessoas Tratam da Saúde Mental?

A baixa taxa de pessoas que recebem tratamento eficaz em saúde mental, sobretudo, ainda é um grande desafio mundial. Entender os motivos por trás desse cenário é essencial. A seguir, portanto, destacamos algumas das principais razões:

Estigma e preconceito: Muitas pessoas ainda enfrentam julgamentos ou têm medo de serem rotuladas ao buscar ajuda para questões emocionais ou psicológicas.
Falta de informação: A ausência de conhecimento sobre os sintomas e a importância da saúde mental faz igualmente com que muitos ignorem os sinais de alerta ou minimizem o sofrimento.
Acesso limitado a médicos especializados: Em várias regiões, a oferta de psiquiatras, psicólogos e terapeutas ainda é escassa ou concentrada nos grandes centros urbanos.
Baixo investimento público: Em muitos países, a saúde mental ainda não é tratada como prioridade, o que eventualmente limita políticas públicas, recursos e campanhas educativas.
Diagnóstico incorreto ou incompleto: Algumas pessoas chegam a buscar ajuda, mas acabam recebendo um diagnóstico inadequado, o que compromete a eficácia do tratamento.

O Que a Pesquisa Evidencia sobre Esse Fato?

Os pesquisadores participantes do estudo citado analisaram quase 57 mil entrevistas realizadas em 21 países ao longo de 19 anos. Com esse levantamento, eles buscaram então identificar os principais obstáculos que impedem um tratamento eficaz para nove transtornos mentais comuns.

Em suma, eles mapearam quatro etapas cruciais e observaram o percentual de pessoas que avançaram em cada uma delas: reconhecer que precisavam de tratamento, procurar o sistema de saúde, receber um atendimento minimamente adequado e, por fim, acessar um tratamento realmente eficaz.

Em primeiro lugar, o estudo revelou que apenas 46,5% dos participantes com algum transtorno reconheceram a necessidade de buscar ajuda. Entre esses, portanto, somente 34,1% chegaram a procurar atendimento médico.

“Os dados desta pesquisa nos permitiram criar o único indicador de tratamento eficaz que existe para saúde mental e uso de substâncias. Decisões políticas e decisões de alocação para financiamento devem ser guiadas por dados, e isso nem sempre foi o caso no reino da saúde mental e uso de substâncias.”

Daniel Vigo

Autor principal do estudo

Outros Dados da Pesquisa

A maioria das pessoas que procuraram ajuda (82,9%) recebeu ao menos um nível mínimo de tratamento adequado. No entanto, apenas 47% dessas pessoas evoluíram para um tratamento realmente eficaz. Logo, ao considerar todo o percurso, apenas 6,9% dos pacientes acabaram recebendo um cuidado efetivo.

Além disso, os pesquisadores também destacaram uma queda expressiva na continuidade do tratamento entre o primeiro contato com o sistema de saúde e a chegada ao tratamento eficaz.

“Entender onde estão os gargalos para cada um desses distúrbios fornece um modelo único e anteriormente indisponível para que os tomadores de decisão entendam os problemas objetivamente e tentem ajustar o sistema”,
– Daniel Vigo.

Como os Médicos Podem Incentivar e Aprimorar esse Cuidado?

Acima de tudo, a jornada até um tratamento eficaz em saúde mental ainda enfrenta diversas barreiras — desde o reconhecimento da necessidade de ajuda até a continuidade do acompanhamento clínico. A seguir, destacamos as principais especialidades envolvidas nesse cuidado:

1 – Clínico Geral

O clínico geral costuma ser a porta de entrada de muitos pacientes no sistema de saúde. Ele pode identificar sinais iniciais de transtornos mentais, fazer triagens, escutar queixas emocionais e encaminhar o paciente para médicos especializados, bem como psicólogos ou psiquiatras.

2 – Psicólogo

O psicólogo é peça-chave no cuidado da saúde mental. Através da psicoterapia, ele ajuda o paciente a compreender emoções, comportamentos e padrões de pensamento, além de oferecer suporte durante crises. Assim, seu trabalho é essencial tanto na prevenção quanto na manutenção do bem-estar psicológico.

3 – Psiquiatra

Médico especialista em transtornos mentais e responsável pela avaliação clínica, diagnóstico preciso e prescrição de medicamentos quando necessário. Ele acompanha igualmente a evolução dos quadros clínicos e ajusta os tratamentos conforme a resposta do paciente, promovendo um cuidado individualizado e seguro.

4 – Neurologista

Em casos mais complexos ou suspeita de alterações neurológicas associadas a distúrbios mentais — como demências, epilepsias ou distúrbios do sono —, o neurologista entra como aliado no diagnóstico e tratamento. Sua atuação assegura uma abordagem mais completa, principalmente quando há sintomas físicos e cognitivos envolvidos.

Exames que Envolvem a Investigação da Saúde Mental

Quando falamos em avaliação da saúde mental e de possíveis condições neurológicas associadas, alguns exames podem ser de suma importância. Veja abaixo, então, os principais que podem ser solicitados, dependendo do quadro clínico:

Ressonância Magnética (RM): Muito usada para avaliar alterações estruturais no cérebro, bem como lesões, tumores, inflamações ou atrofias que possam estar associadas a transtornos neurológicos ou psiquiátricos.
Tomografia Computadorizada (TC): Útil em emergências e para investigar alterações cerebrais como hemorragias, traumas ou tumores, por exemplo. Pode, inclusive, ser uma opção mais rápida em relação à RM.
Eletroencefalograma (EEG): Avalia a atividade elétrica cerebral. Pode ajudar a identificar padrões associados a epilepsia, distúrbios do sono ou encefalopatias que impactam o comportamento e o estado mental.
Exames de sangue: Avaliam fatores que podem influenciar diretamente na saúde mental, como alterações hormonais, níveis de vitaminas, eletrólitos, e função hepática e renal — necessário principalmente antes de iniciar medicações.

6 Dicas para Cuidar e Preservar seu Bem-Estar

Definitivamente, cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo. Pequenas atitudes no dia a dia podem fazer toda a diferença na forma como lidamos com as emoções, os desafios e o estresse. Veja algumas dicas simples e eficazes:

Priorize o sono de qualidade: Dormir bem ajuda a regular o humor, melhorar a memória e fortalecer a saúde mental como um todo. Tente manter horários regulares e evitar telas antes de dormir.
Alimente-se de forma equilibrada: Alimentos ricos em vitaminas, minerais e ômega-3 influenciam diretamente o funcionamento cerebral. Evite excessos de açúcar e alimentos ultraprocessados.
Pratique atividades físicas regularmente: Exercícios liberam endorfinas, que melhoram o humor e reduzem sintomas de ansiedade e depressão.
Mantenha conexões sociais saudáveis: Conversar, rir e compartilhar experiências com amigos e familiares fortalece a resiliência emocional.
Reserve momentos para si mesmo: Atividades como meditação, leitura, hobbies ou até mesmo o silêncio podem ajudar a equilibrar as emoções e aliviar o estresse.
Procure ajuda profissional: Psicólogos, psiquiatras e outros especialistas estão preparados para oferecer suporte e tratamento individualizado.

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Como resultado, cuidar da mente é essencial, mas ainda é uma realidade distante para muitas pessoas. O dado de que poucas pessoas tratam da saúde mental reforça a importância de quebrar tabus e buscar ajuda quando necessário.

Na SPX Santana de Parnaíba, fornecemos consulta com médicos especialistas preparados para acolher e orientar quem busca cuidar da saúde mental. Além disso, disponibilizamos exame de Ressonância Magnética com Inteligência Artificial para uma avaliação mais profunda de diversas condições neurológicas.

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